Juro-te que ia escrever uma carta de amor
Tinha as palavras pensadas e alinhadas.
Mas vi-as aqui transpostas e expostas
E estavam, como dizia Fernando Pessoa:
"Ridículas".
Juro-te! Eu tentei.
Usei até adjectivos, até mesmo estes:
Sublime, ardente, transcendente
E até, imagina, incandescente!
Mas…
A carta continuava, como dizia Fernando Pessoa:
"Ridícula".
Não concordo que, como diz Fernando Pessoa,
"Todas as cartas de amor são ridículas".
A minha não será!!!
Pois…
Vou escrevê-la em ti.
Mas…isso só será um dia!!!
Um dia…
Por agora não consigo…
